Hoje celebramos o Dia Internacional da Terceira Idade!
Nesta ocasião, o COMPETE 2030 reforça o seu compromisso em promover condições de vida da população sénior.
Na última edição do “Boas Conversas”, recebemos o Grupo Celeste para nos falar sobre o “NutriSafeLab”, um projeto cofinanciado pelo COMPETE 2020.
Na última edição do “Boas Conversas”, o evento interno do COMPETE 2030, recebemos o Grupo Celeste para nos falar sobre o “NutriSafeLab”, um projeto cofinanciado pelo COMPETE 2020.
Luís Castilho, Vogal da Comissão Diretiva do COMPETE 2030, abriu a sessão reforçando a importância dos projetos apoiados pela Política de Coesão da União Europeia para o crescimento da inovação portuguesa em diversos setores.
A convidada desta iniciativa foi Catarina Rocha, Técnica de Investigação e Desenvolvimento do Grupo Celeste, que apresentou a empresa e o projeto NutriSafeLab.
Numa conversa informal, moderada por Lourenço Ovídio, da Unidade de Comunicação, Catarina Rocha referiu os desafios anteriores ao projeto, a aposta desta empresa na inovação e o investimento na sustentabilidade com um tema inevitável a todos os setores.
Joana Castro, Responsável de Qualidade e Segurança Alimentar, esteve, também, presente destacando a estratégia do Grupo, que conta com mais de 50 anos de história, e como este projeto aliou a tradição à inovação para gerar valor acrescentado aos produtos existentes.
A procura por produtos naturais, mais saudáveis, com menos açúcar e calorias, ausência de aditivos e com ingredientes funcionais que proporcionem benefícios para a saúde é crescente.
O NutriSafeLab propôs-se a reinventar a indústria de panificação e pastelaria em Portugal, tendo como foco o fabrico de novas opções alimentares com menor teor de sal, corantes e metade da gordura, reforçadas com maior teor de fibra, aumentando, ainda, o tempo de vida útil para o seu consumo.
“O projeto começou com a necessidade de acompanhar as tendências mais exigentes do consumidor atual que está mais informado. O objetivo principal foi melhorar o perfil nutricional e funcional dos produtos de pastelaria e panificação no Grupo Celeste com o desenvolvimento de uma linha de produtos saudáveis, substituindo, por exemplo, o açúcar branco por tâmaras, sem mudar a cor e textura original dos produtos”, referiu Catarina Rocha.
“A colaboração com a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa foi muito positiva”
O Grupo Celeste, juntamente com a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa (UCP), conciliou esforços para desenvolver novos produtos no sentido de posicionar a empresa num segmento de inovação, promovendo a sua capacidade de competitividade no setor nacional e internacional.
A equipa de investigação do Centro de Biotecnologia e Química Fina da Escola Superior de Biotecnologia da UCP concebeu novas receitas para as massas de brioche e folhada com o objetivo de “diminuir a quantidade significativa de aditivos sintéticos nos produtos e desenvolvendo uma nova linha “Clean Label”, na qual conservantes, aromas e corantes sintéticos foram substituídos por alternativas naturais.”, partilhou também Catarina Rocha.
O COMPETE 2020 apoiou este projeto que contribuiu para o avanço da investigação científica e modernização da indústria alimentar em Portugal. Foi possível investir e implementar um novo laboratório de I&D e duas novas linhas de produtos “Clean Label” e “Healthyfat”.
O NutriSafeLab foi uma importante invocação para que esta empresa portuguesa pudesse aumentar a capacidade de resposta a um mercado exigente, alargando a diversidade de espaços e tornando-os mais competitivos com uma forte aposta no marketing dos produtos.
A empresa conta já com três unidades fabris, dez lojas e um supermercado e ainda uma unidade fabril no Luxemburgo, aumentando a proximidade da comunidade portuguesa no estrangeiro e do público local.
Pretendem, agora, iniciar a 2.ª fase do projeto com um pastel de nata vegan com menos 55% de gordura, para todos aqueles que não podem consumir produtos lácteos e expandir, internacionalmente, a massa brioche e folhada.
Grupo Celeste aposta na sustentabilidade ambiental
Ao nível de sustentabilidade, Catarina Rocha destacou que “o Grupo [Celeste] aderiu ao Pacto Climático de Guimarães que está hoje [5 de junho, Dia Mundial do Ambiente] a ser assinado”. Uma iniciativa do Município de Guimarães que visa envolver os cidadãos, empresas e instituições numa ação colaborativa para a descarbonização do território, tendo em vista a neutralidade climática em 2030.
Nesta área está a ser feito “um grande investimento na empresa com a instalação de painéis fotovoltaicos e luzes led para reduzir o consumo de energia e diminuir a pegada carbónica”.
O packaging é outro elemento que está a ser trabalhado com materiais mais sustentáveis, assim como a frota automóvel, onde os veículos elétricos ganham cada vez mais espaço, e “a maquinaria” que foi renovada com “equipamentos mais eficientes energeticamente, reduzindo os custos de produção”.
Na componente social, existe a preocupação em combater o desperdício alimentar, estabelecendo-se contactos com parceiros como a Refood, onde são distribuídos os excedentes alimentares para as famílias e instituições que mais precisam desses bens.
Com um investimento elegível de 724 mil euros, o “NutriSafeLab” representou um marco significativo na indústria para posicionar o Grupo Celeste como líder no segmento, tanto no mercado nacional quanto internacional.
Catarina Rocha concluiu que “o Grupo Celeste fez uma grande aposta na inovação e sustentabilidade e pode ser um bom exemplo de como as pequenas empresas conseguem tornar-se grandes, aproveitando os apoios para a Investigação & Desenvolvimento”.
Após a conversa, todos os presentes tiveram a oportunidade de provar alguns dos produtos já desenvolvidos com diminuição da gordura, na massa folhada, como foi o caso do croissant, da linha HealthyFat, e dos Pães de Deus e do Bico de Pato, que foram alvo da redução dos aditivos e substituídos os corantes artificiais por ingredientes naturais como a curcuma para dar a cor natural dos alimentos.
O projeto foi cofinanciado pelo COMPETE 2020 no âmbito do Sistemas de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico em Copromoção, envolvendo um investimento elegível de 724 mil euros o que resultou num incentivo FEDER de 482 mil euros.
Nesta ocasião, o COMPETE 2030 reforça o seu compromisso em promover condições de vida da população sénior.
O projeto ECOGRES 4.0, da Grestel – Produtos Cerâmicos, em parceria com a Universidade de Aveiro e cofinanciado pelo COMPETE 2020, é o único finalista português na categoria “Green Europe” dos Prémios REGIOSTARS 2024.
Em 2024, os Prémios REGIOSTARS registaram um número recorde de 262 candidaturas, das quais apenas 25 foram finalistas, incluindo três projetos portugueses entre os selecionados.