Indicadores para um Futuro Sustentável do Turismo em Portugal
Portugal prepara-se para consolidar um turismo mais sustentável com base em novos indicadores definidos pela OCDE.
Rui A. Costa, CEO da Ubiwhere, fala sobre o projeto Smart5Grid e o seu papel na preparação do futuro da energia.
O setor da energia está a mudar a um ritmo acelerado. A digitalização, a aposta em fontes renováveis e a necessidade de redes mais inteligentes estão a transformar a forma como produzimos, distribuímos e consumimos eletricidade. Mas para que tudo isto funcione, é preciso garantir soluções tecnológicas robustas, seguras e fiáveis — e é aqui que o 5G entra em cena.
O Smart5Grid, projeto cofinanciado pelo COMPETE 2020 e liderado pela empresa portuguesa Ubiwhere, mostrou como esta nova geração de comunicações pode fazer a diferença na gestão das redes elétricas. Com ferramentas de monitorização em tempo real, novas formas de gerir dados e a possibilidade de criar “redes virtuais” dentro da mesma infraestrutura, o projeto abriu caminho para redes energéticas mais eficientes, sustentáveis e preparadas para os desafios do futuro.
Para perceber melhor de que forma o Smart5Grid ajudou a aproximar a energia do 5G e que impacto poderá ter nos próximos anos, estivemos à conversa com Rui A. Costa, CEO da Ubiwhere e responsável pela coordenação deste projeto inovador.
Como nasceu o projeto Smart5Grid? Quais foram as principais motivações?
O projeto Smart5Grid nasceu da necessidade de permitir que os operadores do setor energético aproveitassem todo o potencial das redes 5G de forma fiável e segura. A sua criação foi motivada pela identificação de requisitos muito específicos das Smart Grids, tais como a elevada taxa de transferência de dados, a baixa latência e a monitorização em tempo real. Assim, o Smart5Grid surgiu como resposta a estes desafios, propondo-se a demonstrar de que forma o 5G pode suportar a transição energética e a digitalização das redes elétricas.
O que considera ser o elemento diferenciador do projeto?
O grande elemento diferenciador do Smart5Grid foi a forma como demonstrou, na prática, o potencial do 5G para responder a requisitos críticos das Smart Grids. Através de uma framework de gestão de infraestrutura baseada em network slicing, o projeto conseguiu disponibilizar redes virtuais independentes sobre a mesma infraestrutura física, assegurando fiabilidade, segurança e eficiência.
Além disso, destacou-se o desenvolvimento de uma Plataforma de IoT que permite recolha e tratamento de dados e a sua visualização, bem como a supervisão, o controlo e a gestão das redes e dos seus dispositivos.
Que balanço faz do projeto Smart5Grid agora que terminou?
O balanço do Smart5Grid é muito positivo, sobretudo pela forma como respondeu a desafios estratégicos que o setor da energia enfrenta atualmente. Operadores de distribuição (DSO) e de transmissão (TSO) lidam hoje com exigências crescentes dos consumidores e reguladores, o processo gradual de liberalização do setor, a democratização do acesso à tecnologia e a adoção de novas medidas de ação climática.
Neste contexto, o projeto demonstrou que o 5G é um facilitador fundamental para aumentar a resiliência e a segurança das redes, melhorar a qualidade do serviço prestado e, simultaneamente, reforçar a eficiência operacional. Ao validar a utilização de “redes públicas partilhadas” em sistemas críticos, o Smart5Grid abriu caminho para ganhos claros em termos de custos de aquisição, operação e manutenção.
Assim, o projeto deixa como legado a prova concreta de que o 5G pode ser uma alavanca essencial para acelerar a digitalização e a transição energética, aproximando as empresas do setor de uma gestão mais inteligente, segura e sustentável das suas infraestruturas.
Quais foram os principais resultados que destacaria deste trabalho?
O Smart5Grid deixou resultados muito relevantes para o setor energético. Em primeiro lugar, demonstrou de forma prática como as redes 5G podem ser aplicadas a sistemas críticos, respondendo a requisitos como elevada taxa de transferência de dados, baixa latência e monitorização em tempo real.
Entre os resultados mais concretos, destacam-se:
Em suma, o Smart5Grid provou que o 5G pode ser um catalisador da digitalização do setor da energia, ao mesmo tempo que gera benefícios tanto para os operadores como para os utilizadores finais.
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