FEDER celebra 50 anos a impulsionar a coesão europeia
Criado em 1975, este Fundo tem sido um instrumento essencial na promoção da coesão territorial e na modernização das economias locais.
Esta operação representa uma aposta na modernização dos processos produtivos, com foco na eficiência tecnológica e na sustentabilidade.
A indústria da metalomecânica está a viver uma transformação profunda, e a REFAL, LDA, é um dos exemplos mais claros de como a inovação tecnológica pode impulsionar a sustentabilidade. A empresa, sediada em Campia, Vouzela, está a desenvolver uma operação designada por Economia Circular, cofinanciada pelo COMPETE 2030, que visa modernizar a sua capacidade produtiva através da introdução de tecnologias avançadas e práticas ecológicas.
Segundo Paulo Simões, sócio fundador da REFAL, esta operação tem como objetivo responder a uma necessidade crescente do mercado por soluções mais sustentáveis, ao mesmo tempo que reforça a posição da empresa como líder na produção de perfis de alumínio. “Através deste investimento, pretendemos aumentar as nossas instalações e adquirir novos equipamentos de produção que utilizam tecnologias intensivas em controlo por computador e microprocessadores, integrando plenamente o conceito da Indústria 4.0”, afirma.
A componente tecnológica da operação é central para os objetivos da REFAL. Com a implementação de uma linha de refusão e reciclagem de alumínio, a empresa passará a incorporar matéria-prima reciclada nos seus produtos, reduzindo significativamente a emissão de gases com efeito de estufa. “A refusão vai permitir escoar os resíduos da nossa produção e dos nossos clientes e, com isso, recuperar e reintroduzir no processo produtivo essa matéria-prima reciclada, contribuindo para a descarbonização, pois a recuperação de alumínio produz muito menos GEE do que o produzir novo, a partir do minério bauxite”, explica Paulo Simões. Esta iniciativa insere-se num movimento mais amplo de adoção da economia circular, onde a eficiência no uso dos recursos e a minimização de desperdícios se tornam prioridades.
Além da linha de refusão, a REFAL irá instalar uma linha de lacagem, permitindo entregar ao cliente produtos já tratados superficialmente, um serviço cada vez mais procurado. A empresa apostará também em novas máquinas CNC, altamente automatizadas, que irão permitir a produção interna de perfis técnicos próprios. “Estas tecnologias não só reforçam a nossa capacidade de produção como nos permitem desenvolver produtos diferenciados, sem depender de terceiros”, destaca.
O impacto desta operação não se limita apenas ao aumento da eficiência e da sustentabilidade. A REFAL ambiciona expandir a sua presença nos mercados internacionais, prevendo que 42% das suas vendas sejam destinadas à exportação, nomeadamente para países europeus e do continente americano. “Com esta operação, queremos aumentar a nossa capacidade produtiva em mais de 20% e fabricar novos perfis técnicos, adaptados às exigências de setores como o das energias renováveis, com estruturas para telhados de painéis fotovoltaicos, pérgolas e guarda-corpos”, afirma Paulo Simões.
A operação de Economia Circular promovida pela REFAL demonstra como a tecnologia, quando aliada a uma visão estratégica de sustentabilidade, pode transformar profundamente um setor industrial. “Estamos a preparar a empresa para o futuro, apostando na inovação e na responsabilidade ambiental, que consideramos essenciais para o nosso crescimento sustentado”, conclui Paulo Simões.
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